sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tränsito, transporte, etc e tal

Opaaa! Ói eu aqui de novo :)


Como bem disse no post anterior, to aqui viajando com minha sister Pri, e pra quem é meu amiguinho no face, sabe que estou agora postando de uma cidade um tanto icônica, chamada Paris. E foi ela mesma que me inspirou pro post de hoje. Infelizmente não vou falar bem daqui neste sentido, mas pelo menos serve de exemplo pra falar bem lá da minha atual cidade de moradia, Almere (da Holanda linda, coraçãozinho S2 S2).

Venho dizer que estou impressionada com a falta de educação dos parisienses no trânsito, quando o assunto é a preferência do pedestre (entre outras coisas também). Para alguém acostumada com uma cidade onde as pessoas param o carro na faixa pra você atravessar quando te veem esperando na calçada (viva minha terrinha Natal), andar pelas ruas de Paris pode ser um pouco chocante. Perdão aos amantes da cidade, mas fiquei meio traumatizada com a loucura disso aqui. Você pode esperar no seu cantinho perto da faixa até o último carro passar, porque nenhum deles vai parar para te esperar atravessar. Mesmo atravessando em um sinal, com sinal de pedestre aberto, muito cuidado com os carros que vão fazer a conversão direto na rua que você está atravessando! Eles podem entrar com tudo e, quando te veem atravessando, param, mas ficam acelerando pra te apressar e você, que não quer ser atropelado, se sentindo meio ameaçado, acaba se apressando pra passar logo. Atravessou? O carro passa sem nem mesmo esperar o pedestre pôr o primeiro pé na calçada. Sem falar no trânsito maluco de grandes rotatórias como a do Arco do Triunfo. É carro saindo daqui, entrando dali, atravessando na frente dos outros, saindo de faixa pra outra sem ligar pro carro que tá vindo atrás... Fiquei aflita só de ver, imagine se estivesse dirigindo! Nam! Campanha +Educação pro trânsito de Paris.

Sendo assim, preciso falar da educação no trânsito das cidades holandesas S2
A começar pelas larguras das ruas. Nada a ver com a Champs-Elyseé (é assim que se escreve?) de 300 faixas de largura. Dentro da cidade, a maioria das ruas holandesas tem só uma faixa de carro. Quando muito, uma de carro pra ir e outra pra voltar. Em vias de acesso para lugares mais extremos, perto de áreas naturais, é comum ter apenas um faixa, com alguns centímetros de margem pros dois lados. Mas e se dois carros precisarem se cruzar nessa via? Simples! Cada um abre para um lado e pronto, se cruzaram! Podem até entrar um pouco na grama que margeia a via. Meio perigoso? Talvez, mas há um elemento fundamental chamada "velocidade baixa". Os holandeses se controlam quando o assunto é velocidade em vias estreitas. Nada de gente se "amostrando", correndo com seus carrões. A velocidade alta fica guardada para as grandes "highways", que só existem (aí sim) com mais de 3 faixas e fora da área urbana, com o único intuito de conectar cidade com cidade... Não bairros com bairros!
E se você quer atravessar a rua? Os carros vão parar pra você passar! Olha que beleza! E se eu quiser atravessar de bicicleta? Os carros vão parar também sem precisar nem pedir! Basta eles virem a bicicleta se aproximando pra cruzar a rua, que imediatamente eles param. O ônibus é o único que não vai parar, porque estes tem uma via única, justamente para cumprirem seus itinerários de forma eficiente, sem atrasos, de acordo com o quadro de horário acima das paradas, que indicam a hora que o próximo "busão" vai chegar.
Aprendi, no meu sexto período de arquitetura e urbanismo, um termo chamado "traffic calming" e tenho plena certeza que isso é altamente aplicado na Holanda. Todo o planejamento do trânsito e suas vias são organizados de tal forma a diminuir a velocidade dos carros, como uma forma de priorizar a mobilidade do pedestre de um jeito mais seguro e tranquilo por toda a cidade.
Portanto, fica aqui, pra finalizar, um recado aos amigos motoristas: Não se zanguem com a lombadas e as rotatórias, ou as faixas de pedestres espalhadas por aí. É tudo uma forma de fazer o trânsito mais tranquilo para aqueles que, infelizmente, são os menos favorecidos nas cidades hoje em dia: os pedestres. O fato é que todos nós somos pedestres ou seremos pedestres alguma vez na vida. E quando o somos, queremos o devido respeito. Que tal respeitar para ser respeitado?

Beijos! (Preciso devolver o tablete da Natália aqui!!)

Um comentário:

  1. vc tá falando do trânsito de Paris pq ainda não tá aqui para ver nossa mobilidade urbana nas proximidades do finado machadão

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